Hoje um dia mais que especial para todas nós MULHERES.
Mas você sabe o porquê dessa data?
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
A mulher ocidental vem conquistando, aos poucos, seu espaço na sociedade, redefinindo funções e valorizando-se.
No entanto essa liberdade de pensamento, de atitude e decisão, que hoje, eu e você usufruimos, não faz parte da realidade de muitas mulheres no mundo atual.
Veja as regras que as mulheres afegãs precisam seguir:
1. É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras, médicas, enfermeiras, engenheiras, etc.
2. É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um “nmahram” (pai, irmão ou marido).
3. É proibido falar com vendedores homens.
4. É proibido ser tratada por médicos homens, mesmo que em risco de vida.
5. É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional.
6. É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a mulher dos pés à cabeça.
7. É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não usarem as roupas adequadas (“burca”) ou que desobedeçam a uma ordem talibã.
8. É permitido chicotear mulheres em público se não estiverem com os calcanhares cobertos.
9. É permitido atirar pedras publicamente a mulheres que tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam suspeitas de tal.
10. É proibido qualquer tipo de maquilhagem (foram cortados os dedos a muitas mulheres por pintarem as unhas).
11. É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos.
12. É proibido à mulher rir alto (nenhum estranho pode sequer ouvir a voz da mulher).
13. É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam, já que é proibido a qualquer homem ouvir os passos de uma mulher.
14. A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um “mahram”.
15. É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio de comunicação.
16. É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e locais desportivos.
17. É proibido andar de bicicleta ou motocicleta, mesmo com seus “maharams”.
18. É proibido o uso de roupas que sejam coloridas, ou seja, “que tenham cores sexualmente atraentes”.
19. Os transportes públicos são divididos em dois tipos, para homens e mulheres. Os dois não podem viajar no mesmo.
20. É proibida a participação de mulheres em festividades.
21. É proibido o uso de calças compridas mesmo debaixo do véu.
22. As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos.
23. As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar.
24. Todos os lugares com a palavra “mulher” devem ser mudados, por exemplo : O Jardim da Mulher deve passar a chamar Jardim da Primavera.
25. Fotografias de mulheres não podem ser impressas em jornais, livros ou revistas ou penduradas em casas e lojas.
26. As mulheres são proibidas de aparecer nas varandas das suas casas.
27. O testemunho de uma mulher vale metade do testemunho masculino.
28. Todas as janelas devem ser pintadas de modo a que as mulheres não sejam vistas dentro de casa por quem estiver fora.
29. É proibido às mulheres cantar.
30. É proibido a homens e mulheres ouvir música.
31. Os alfaiates são proibidos de costurar roupas para mulheres.
32. É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo.
33. As mulheres são proibidas de usar as casas-de-banho públicas (a maioria não as tem em casa).
Fonte: Revista Notícias Magazine, 21 de Outubro de 2001.
Mulher Indiana
"Para variar, a sociedade indiana encarna ainda profundos princípios machistas. Da concepção à morte, há profunda desigualdade entre os gêneros. Assassinato de mulher não desperta tanto interesse da justiça. Mulher estuprada? A culpa é da vítima, lógico. Quem mandou andar seminua?
Em 1989, o Estado de S. Paulo publicava uma reportagem que ressaltava a grande incidência de infanticídios entre as crianças do sexo feminino. Hoje, pouco mudou. Com uso tecnológico nos exames pré-natais, aumentou-se o aborto de meninas. Há notícias de que em muitas famílias importantes do interior da Índia gurias são raridades.
A verdade é que ser mulher na Índia não é tarefa fácil. O costume de o sogro pagar o dote da mulher ao genro, quando se casa, tem transformado o casamento em poderoso instrumento de barganha. Não é raro o moço chantagear o sogro, ameaçando encerrar o enlace caso não receba mais algumas pilas. Não são casos excepcionais espancamento de mulheres para abrir a carteira do sogro. Também não é incomum a mulher abreviar todas essas querelas, suicidando-se.
Essa é a vida das mulheres pertencentes às famílias que podem ofertar dotes ‘gordos’. Imagino que as moças e senhoras parias sofram bem mais. O sofrimento é duplo, como atesta Anasuya Sengupta, feminista indiana.Dados mostram que a violência contra a mulher é mais recorrente nas famílias de baixa renda. Obviamente, há casos bem representativos no topo da pirâmide social. Mas a possibilidade da mulher ser vítima de agressões é muito maior caso ela seja pobre e com baixo nível de instrução.
Em 1989, o Estado de S. Paulo publicava uma reportagem que ressaltava a grande incidência de infanticídios entre as crianças do sexo feminino. Hoje, pouco mudou. Com uso tecnológico nos exames pré-natais, aumentou-se o aborto de meninas. Há notícias de que em muitas famílias importantes do interior da Índia gurias são raridades.
A verdade é que ser mulher na Índia não é tarefa fácil. O costume de o sogro pagar o dote da mulher ao genro, quando se casa, tem transformado o casamento em poderoso instrumento de barganha. Não é raro o moço chantagear o sogro, ameaçando encerrar o enlace caso não receba mais algumas pilas. Não são casos excepcionais espancamento de mulheres para abrir a carteira do sogro. Também não é incomum a mulher abreviar todas essas querelas, suicidando-se.
Essa é a vida das mulheres pertencentes às famílias que podem ofertar dotes ‘gordos’. Imagino que as moças e senhoras parias sofram bem mais. O sofrimento é duplo, como atesta Anasuya Sengupta, feminista indiana.Dados mostram que a violência contra a mulher é mais recorrente nas famílias de baixa renda. Obviamente, há casos bem representativos no topo da pirâmide social. Mas a possibilidade da mulher ser vítima de agressões é muito maior caso ela seja pobre e com baixo nível de instrução.
Fonte: Blog da Juliana Rosa
Agradeço sempre por ter a opção de ter opção.
FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
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